terça-feira, 24 de setembro de 2013

Pi, a fragilidade humana e a existência de Deus

Recentemente assisti As aventuras de Pi. O filme me despertou interesse, em primeiro lugar, pela fotografia, mas também pelo argumento inusitado. Um jovem, um barco e um tigre.

Criei algumas expectativas com relação ao filme e não digo que ele as tenha frustrado ou superado. Foi simplesmente uma interação, um diálogo: o filme e eu.

Uma das coisas que mais me chamou atenção no filme e pela qual vale a pena assisti-lo são as questões que o filme levanta. Um rápido resumo e é possível compreender o que escrevo. Como o nome diz, o longa narra as aventuras de um adolescente chamado Pi. Pi, já adulto, conversando com um homem que estava buscando uma boa história para escrever, conta algumas de suas aventuras e boa parte da narrativa dedica a um naufrágio onde passou meses na companhia de um tigre, dentro de um mesmo barco à deriva e tentando se manter vivo. Nessa luta, o filme traz à baila questões importantes sobre a existência de Deus, o sentido da vida e a fragilidade humana.

Mas eu queria ressaltar aqui a questão da fragilidade humana. No limite da fome e da sede, há momentos em que Pi se vê impotente e aí, vêm as indagações a respeito da existência de Deus e de como seria este deus. No filme, o protagonista assume-se como budista e católico, além de crer nos deuses hindus. Essa foi a resposta que Pi encontrou. Fez pensar sobre as respostas que temos dado a tais perguntas. Vale aquele velho chavão "Cristo é a resposta, mas qual é a pergunta?". Estamos ainda surdos para as perguntas?


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